quarta-feira, 28 de abril de 2010

Vaginose Bacteriana

É provocado por uma bactéria chamada Gardnerella vaginalis e/ou por outras bactérias relacionadas. Causando uma alteração na flora vaginal normal, com diminuição na concentração de lactobacilos. Por ter uma causa orgânica, não é considerada uma DST.
Sintomas:
Corrimento vaginal, geralmente de cor amarela, branca ou cinza, que apresenta odor desagradável.
Pode gerar ardência ao urinar e/ou coceira no exterior da vagina porém, algumas mulheres podem não apresentar sintoma algum.
Prevenção:
Alguns cuidados básicos podem ajudar a reduzir o risco de desequilíbrio da natureza da vagina e evitar o desenvolvimento da vaginose bacteriana:
- Usar camisinha durante as relações sexuais
- Evitar o uso de duchinhas
- Evitar produtos químicos que podem causar irritação e desconforto na região genital

Tratamento
Em geral, feito com Metronidazol.
Normalmente, os parceiros (de ambos os sexos) não precisam fazer o tratamento de vaginose bacteriana.

terça-feira, 27 de abril de 2010

ESCLEROSE MÚLTIPLA

A Esclerose Múltipla é uma doença crônica e progressiva, de origem auto imune, que atinge adultos jovens. Foi descrita pela primeira vez por Jean Charcot, em 1860. Entretanto, apenas nas últimas décadas passou a ser melhor compreendida. É mais frequente entre mulheres, em relação aos homens e, embora acometa todas as raças, ocorre mais entre pessoas de origem caucasiana.
SINTOMAS
Os primeiros sintomas da doença costumam ocorrer entre os 20 e os 40, mais frequentemente por volta dos 30 anos de idade. São decorrentes de alterações inflamatórias crônicas que acometem a bainha de mielina dos neurônios do sistema nervoso central. Evolui por surtos, causando fraqueza e perda da coordenação motora em membros superiores e inferiores, distúrbios da visão, tonturas, dificuldade para coordenar a marcha, diminuição da audição e dores pelo corpo. Menos freqüentemente, ocorrem alterações na esfera intelectual, como dificuldades para elaborar conceitos, embora sejam preservados o raciocínio e a fala. Embora não seja fatal, a EM compromete significativamente a qualidade de vida dos pacientes, devido às inúmeras restrições que impõe.
ETIOLOGIA
As causas da EM ainda não estão perfeitamente determinadas. Alguns estudiosos atribuem a origem do processo a vírus ainda indeterminado que, perturbando o funcionamento normal do sistema imunitário, induziria à destruição da bainha de mielina. Outros ainda atribuem importância a fatores externos, como o estresse, e à hereditariedade. Várias pesquisas em curso atualmente buscam esclarecer os mecanismos que originam a doença.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico é feito pelo conjunto de sinais e sintomas relacionados à EM, que necessitam ser adequadamente interpretados pelo médico, já que podem ocorrer também em outras patologias. Contribui também para o diagnóstico a observação de imagens de placas degenerativas no sistema nervoso central, obtidas pela tomografia e ressonância magnética.O tratamento visa proporcionar conforto ao paciente e, ao mesmo tempo torná-lo independente e produtivo. Para tanto, são utilizados medicamentos, como o interferon, e técnicas de fisioterapia e treinamento muscular para redução das limitações impostas pela doença.
PREVENÇÃO
O parco conhecimento sobre a etiologia da EM não permite estabelecer medidas eficientes de prevenção. Isto é particularmente grave diante do fato de que a doença atinge adultos jovens, no auge da vida produtiva, limitando-os severamente ao longo dos anos. Resta à família e aos pacientes procurar seu médico assim que forem identificados sintomas que possam estar relacionados à EM, como alterações da marcha, da coordenação motora e diminuição da força muscular sem causa aparente.
Fonte: labormed-sso.com.br/lab_news_artigo6.htm
José Eduardo Dias Cardoso

Síndrome do Choque Tóxico

É causada por uma toxina produzida pela bactéria Staphylococus aureus. É mais comum em mulheres menstruadas que estejam usando tampões vaginais de alta absorção, uso recente de método anticoncepcional de barreira, parto recente, cirurgia recente Lesões cutâneas ou infecções causadas por Staphylococcus aureus em qualquer parte do corpo também podem causar SCT. A incidência anual da doença é de aproximadamente 2 em 10.000 pessoas.
Os sintomas são:

  • Febre alta, de aparecimento súbito
  • Dores musculares
  • Vômitos
  • Diarréia
  • Vermelhidão na pele similar a uma queimadura solar, incluindo descamação da pele nas mãos e pés
  • Pulso acelerado
  • Cansaço e fraqueza extremos
  • Dor de garganta
  • Tontura
  • Desmaio
  • Queda da pressão arterial


Terapia com células-tronco reverte diabetes tipo 1 no Brasil

Um estudo brasileiro inédito revela que o pâncreas de diabéticos tipo 1 está voltando a funcionar após o transplante de células-tronco do próprio paciente, livrando-o da necessidade de insulina.

Os resultados da pesquisa, que acompanha 23 voluntários há mais de quatro anos, estão publicados na edição de hoje do "Jama" (jornal da Associação Médica Americana).

Os autores constataram, pela primeira vez no mundo, que os níveis do peptídeo-C, uma espécie de marcador do funcionamento das células produtoras de insulina, aumentaram nos pacientes submetidos à terapia.

Essa substância é um dos resíduos da produção do hormônio pelas células beta do pâncreas. Ou seja, quanto maiores suas taxas, maior a produção de insulina e menor o risco de complicações associadas ao diabetes, como amputações.

"O nível dele não só deixou de cair como aumentou", comemora o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeirão Preto, e um dos autores do estudo. "Isso significa que o pâncreas está voltando a funcionar", explica ele. "Esses pacientes produzem mais insulina do que quando chegaram até nós."

A maioria dos voluntários deixou de usar hormônio sintético há mais de três anos, em média, com bom controle da glicemia. "Temos pacientes livres há quatro anos e oito meses, com excelente qualidade de vida, sem picos de hipoglicemia", diz Couri.

Oito deles precisaram voltar a tomar o hormônio sintético, mas em doses muito baixas. "Por isso não dá para afirmar que os benefícios sejam permanentes", avalia o imunologista Júlio Voltarelli, um dos líderes do estudo.

Mas mesmo nesses pacientes os níveis do peptídeo-C estão aumentados, mostrando que o pâncreas está funcionando melhor também nessas pessoas, apesar de não produzir todo o hormônio de que necessitam. "Eles provavelmente terão uma melhor evolução da doença", acredita Júlio Voltarelli.

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, em que o próprio sistema de defesa do corpo passa a atacar o pâncreas. A terapia com células-tronco, ao que parece, consegue combater essa falha imunológica, mas não recupera as áreas destruídas da glândula. Daí a necessidade de aplicá-la em pessoas recém-diagnosticadas.


Fonte:GABRIELA CUPANI
da Folha de S.Paulo

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Incontinência Urinária

É a perda involuntária da urina pela uretra. Mais frequente em mulheres pelo fato delas apresentarem além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.
Causas: Gravidez e parto; tumores malignos e benignos; doenças que comprimem a bexiga; obesidade; entre outras.
Sintomas: Dependendo da causa pode apresentar vários sintomas

  • 1) Incontinência urinária de esforço – o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;
  • 2) Incontinência urinaria de urgência – mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
  • 3) Incontinência mista – associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra.
Tratamento: O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é farmacológico e fisioterápico.

Dismenorréia

Termo derivado do grego, que significa menstruação difícil.
Pode ser classificada em dois tipos:
* Dismenorréia essencial ou primária
Constitui a maioria dos casos. São classificadas como primárias, quando os sintomas estão relacionados com o próprio útero durante os eventos que antecedem a menstruação. Nelas, não há interferência de outras enfermidades, ginecológicas ou não. São características das mulheres que ovulam. Como não são encontradas doenças que justifiquem os sintomas, tradicionalmente as causas eram atribuídas a “fatores psicossomáticos”.
*Dismenorréia extrínseca ou secundária
Quando os sintomas surgem como conseqüência de um distúrbio ginecológico extrínseco. São exemplos de causas extrínsecas:
-Miomas que modificam a forma do útero;
-Endometriose;
-Doença inflamatória pélvica;
-Malformações uterina;
A causa é extrínseca e passível de identificação por meio das técnicas de diagnóstico clássicas: toque vaginal, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, videolaparoscopia, etc.a causa é extrínseca e passível de identificação por meio das técnicas de diagnóstico clássicas: toque vaginal, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, videolaparoscopia, etc.

SINTOMAS: A cólica é o sintoma dominante. Costuma instalar-se na véspera ou algumas horas antes da menstruação e crescer de intensidade no dia que se segue. Em cerca de metade dos casos, a dor vem acompanhada de outras queixas: cefaléia, náuseas, vômitos, diarréia, irritabilidade, depressão psicológica, fadiga, dificuldade de convívio social. Fatores emocionais podem intensificar o quadro.

TRATAMENTOS: Podem ser tomadas medidas gerais como evitar vida sedentária, calor local, hidratação, dieta. Ou pode-se fazer tratamento cirúrgico ou ainda medicamentoso, com uso de anticoncepcionais e antiinflamatórios não-esteróides.